Falando com Marjory Lincoln

Oláaaaaaaa gente linda!!! Tudo bem com vocês?

Hoje eu resolvi trazer uma autora parceira para nosso quadro NAS ENTRELINHAS – Marjory Lincoln. Para quem não conhece nenhum dos livros da Marjory Lincoln eu super recomendo que leia, mas uma dica super importante no Box Os Covericks: leia seguido um do outro, pois a série é impossível parar de ler.

O que falar dos Covericks? Uma estória sobre militares, com uma ótica muito peculiar sobre as relações familiares. Temos mocinhos, vilões, amor, ciúmes (muito) e muito suspense.

Vou compartilhar minha entrevista com a autora e deixar vocês com um gostinho para ler a série toda.

CP: Primeiro de tudo, obrigada por criar os Covericks, nem sei dizer como me sinto a respeito da série, porque definitivamente foi uma das estórias que mais me fez repensar minhas atitudes como pessoa e como família. Sendo assim, começo perguntando, de onde surgiu inspiração para os Covericks?

Marjory Lincoln: Bom, será que eu respondo de maneira rebuscada pra ficar bonito? Kkkkk eu sempre tive essa história na cabeça, um cara que vai embora e a mulher fica esperando, de onde surgiu eu não sei bem. Juntei isso ao fato de amar militarismo, guerra e essa temática toda... Então, quando conheci o wattpad vi a oportunidade e o lugar certo pra começar a trabalhar no enredo que sempre esteve "aqui dentro".

CP: Isso nos leva a próxima pergunta (risos). De onde surgiu a ideia de usar militares como base para sua estória? Além de gostar do tema.

Marjory Lincoln: Eu fiz guarda mirim quando jovem, tranquei a faculdade de ciências forenses. Se não fosse escritora, seria de alguma forma, militar. Não tinha como não envolver uma coisa na outra. É um universo que amo de paixão, sempre amei

CP: Uau! Arrasou. Jamais pensaria algo assim

Marjory Lincoln: A gente nunca sabe tudo sobre alguém (risos)

CP: Exatamente. Uma caixinha de surpresas (risos). Os Covericks em minha opinião são muito passionais, isso foi o desenvolvimento dos personagens ou você já tinha uma ideia de que eles seriam assim?

Marjory Lincoln: Não, foi o desenrolar. Eram pra ser mais grosseirões. Só depois que vi que eu estava escrevendo um "MAX IDEAL". O homem dos meus sonhos de farda. (risos)

CP: (risos) Confesso que dos meus tbm, amo um cara possessivo e amorzinho. Foi sua intenção os personagens disputarem nosso amor e raiva? Porque vou te dizer, algumas (muitas) vezes queria esganar eles.

Marjory Lincoln: Ganha a maioria, todas nós queremos de alguma forma um pouco de intensidade e amor.

CP: Concordo

Marjory Lincoln: Todos eles, mais precisamente Hella, são um reflexo meu. Quando eu vi o ódio que ela despertava entendi porque eu "sempre preciso me benzer". Eu sou difícil, escrevo personagens difíceis. Sou uma versão de Hella, de Ellen, sem o glamour e a grana. Chata, ciumenta, possessiva, neurótica às vezes... Usei qualidades e defeitos, mas os defeitos são mais interessantes. Porque eles marcaram pela raiva, pelo ciúme, pela dor de cabeça que causa nos leitores, mas marcaram de algum jeito. Bom ou ruim foi uma história que deu o que falar, como eu.

CP: Os personagens masculinos também? Por que devo dizer que Tay me fez ter muitos momentos de raiva (risos)

Marjory Lincoln: Tem um pouco de mim neles sim, misturado ao que eu busco em um homem. Aqueles que te fazem passar raiva, mas que molham a calcinha no mesmo momento

CP: (risos) entendo perfeitamente (risos). Essa pergunta vai de encontro a sua resposta acima. Todas as mulheres da família, tem uma personalidade forte, mas são ao mesmo tempo, sensíveis, inseguras e às vezes metem os pés pelas mãos e batem de frente com os homens. Você realmente quis deixá-las mais humanas?

Marjory Lincoln: Eu desde sempre acreditei que se a gente quisesse ler realidade, lia um jornal. Mas eu nunca tive vocação pra trabalhar como roteirista da Disney. OS COVERICKS, principalmente, são uma família de pessoas reais. Pelo menos um personagem te faça lembrar alguém. É colérico, é sensível, é quente, e carrega todas as falhas humanas possíveis. Em resposta a isso você encontra algumas resenhas negativas, ninguém gosta de falha, queremos sempre a perfeição seja no trabalho, na escola, ou naquele livro ali que a gente vai ler. Eu sou mega sensível, insegura demais, e meto os pés pelas mãos todos os dias!

CP: Te entendo, por isso busco sempre me policiar e me colocar no lugar dos personagens. Minha próxima pergunta fala exatamente sobre isso. Lá no início eu disse que a série me fez repensar muita coisa. Seus personagens são muito leais aos seus princípios e família, comentem erros e possuem desvio de conduta moral. Você acha que os leitores os veem como vilões, mocinhos ou personagens reais?

Marjory Lincoln: Em sua maioria os veem como infantis mesmo, mas não os condeno. Todo mundo "tem um lado infantil", uns só são mais visíveis do que o outro, mesmo não assumindo. Você não assumir que é, ou não assumir que eles são "pessoas reais" passíveis de falhas, já é um indício disso.

CP: (risos) Concordo, por isso digo, tem que ame e quem não goste, mas vai muito de como a pessoa recebe a estória né?! E você? Como vê essa família?

Marjory Lincoln: Os vejo como uma família de verdade. Que enfrenta as adversidades, os problemas, são protetores, leais, cheios de defeitos, mas que amam com tudo de si, são extremamente apaixonados um pelo outro.

CP: Concordo com isso, acho que todos nós temos essa "passionalidade" quando se trata da família. Agora a pergunta que não quer calar... É sobre minha personagem favorita, que me fez amar e odiar ao mesmo tempo. A Catarina, você deixou a personagem seguir o curso ou foi premeditado ela ser um mulherão da porra?

Marjory Lincoln: Premeditadíssimo. Catarina foi milimetricamente criada para ser maravilhosa, a vingadora da família, a que os carregaria nas costas no momento mais preciso. A mulher que nasceu para buscar a “redenção" dessa família, o perdão pelos crimes, o final feliz. A criminosa que se apaixona por um delegado federal também passional, mas muito diferente o que vive pela aplicação da lei. A mais forte, a mais poderosa, claro que a herdeira da família tinha que ser mulher, corajosa, e perigosa. Catarina carrega um pedacinho de todos eles. Seus primeiros rascunhos foi uma lista de cada qualidade e defeito de todos. O melhor e o melhor defeito de cada um deles. Sem sombra de dúvidas é de longe a melhor persona que já vi. Sem frescura e com todos os defeitos maravilhosos possíveis.

CP: Amoooo saber disso. Catarina é bem a definição de uma Coverick mesmo. 

Marjory Lincoln: Ela é ciumenta: ao extremo. Ela ama: ao extremo. É adorável: ao extremo. Ela é tudo só que mais intenso, meio que a representação da família toda "só que pior". (risos)

CP: Obrigada Marjory, adorei saber sobre os Covericks! O por trás de toda a estória. Você tem alguma novidade ou dica pra os seus leitores?

Marjory Lincoln: Tenho.  Se gostaram de OS COVERICKS acompanhem JOSÉ no wattpad. 

CP: Eita! E para os novos leitores, o que você indica?

Marjory Lincoln: Comecem por NAS SUAS MÃOS para se apaixonarem. 

CP: Davi mozão, olha você compartilhando o meu homem (risos)

Marjory Lincoln: Nosso homem (risos)

CP: (Risos) *que conste, rindo de nervoso*

Todos os livros da Marjory estão disponíveis no Kindle Unlimited, vou deixar o link abaixo. 
Conheça os Covericks e se apaixone por essa estória incrível sobre família, amores e “redenção”.

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